“Em todo o caos há um cosmos, em toda a desordem uma ordem secreta”
Carl Gustav Jung
Quando em meio a um rompante a desordem surge, somos imbuídos de vários sentimentos. Por vezes, somos inundados de pensamentos de diversas origens, que se sobrepõem às diversas lembranças e experiências de outrora.
Neste meio tempo, há sempre um julgamento de nós mesmos feito a momentos do passado, é inevitável refletirmos sobre escolhas feitas. O julgamento, vem carregado de uma visão turva sobre memórias que não fazem mais parte do presente.
Com isto, nos cabe refletir: o que ficou, depois de uma ruptura dolorida e inesperada? Por certo, ao longo das nossas experiências, vamos alimentando o nosso ser de perspectivas, sonhos, idealizações e principalmente, fazemos o planejamento do que gostaríamos para nós mesmos.
Olhar para trás, com certeza, não é o caminho ideal, pois só trará a nós uma má compreensão de nós mesmo e uma sentença desleal. Por isto, o convite é: depois da ruptura da Torre, construída ao longo do tempo, o que permanece?
Sempre ouvi de várias pessoas sobre a importância da Educação, muitas vezes, delas, aquele clássico ditado proferido por Einstein: “Lembre-se que as pessoas podem tirar tudo de você, menos o seu conhecimento.” É baseada nesta sabedoria, popular, que fiz uma auditoria sobre os destroços daquilo que havia sido a minha Torre.
Bom, pouco mais de um ano, ainda sinto algumas feriadas mal cicatrizadas, afinal, só nós mesmos temos a dimensão de quanto custou toda uma jornada e o quanto de sentimento ali tinha.
Por ora, diante da nova jornada que fiz nos últimos meses, vejo que pude fazer desta ruptura um novo nascimento, com certeza, o aprendizado desta dor se transformará em uma lembrança com o tempo.
Não foi simples, no entanto, recordo a mim mesma, a tatuagem que fiz em maio de 2023, a partir de Paradise de Coldplay: “I know the Sun must set to rise” – que reforça a ideia de que, após a escuridão e as dificuldades, sempre há uma nova chance para a luz e o renascimento.
Bom, vamos lá, uma nova jornada está aí e o que me cabe é: levar apenas aquilo que é essencial. Deixar para trás, aquelas lembranças que pesam como chumbo e transmutá-las em ouro.
Amanda Oliveira