Ano Novo, novas possibilidades, esperanças, sonhos despertos, enfim, uma infinitude de situações que favorecem um recomeço, só que sabemos que as mudanças, as melhorias e as oportunidades muitas das vezes dependem somente de nós. Somos na maior parte das vezes, os responsáveis por aquilo que acontece em nossas vidas, sejam elas, coisas boas ou ruins. Ah, o acaso é algo que existe sim, no entanto, é um fator variável.
É considerável dentro do acaso, também, o nosso contexto sócio-histórico, o meio a qual estamos inseridos, a nossa família, enfim, fatores complexos que não temos, muitas das vezes, possibilidade de escolha. Tratar com positivismo uma realidade dura, complexa, desprovida de oportunidades é quase que uma distopia, uma renúncia consciente de compreender a vida como ela é.
Todavia, enxergo que apesar das inúmeras dificuldades que todos nós enfrentamos, sejam na vida pessoal, profissional, familiar e amorosa, como encaramos os fatos é uma oportunidade de avançar sobre os obstáculos. Ter a maturidade e enxergar a nossa parcela de responsabilidade ou ainda, compreender que se deu um passo atrás, para avançar outros dois é o grande desafio.
Não somos preparados para encarar o que acontece de bom em nossas vidas como frutos de nossas escolhas e feitos, geralmente, atribuímos a uma força que transcende a nossa humanidade, que oras, tem muito valor para o nosso inconsciente. Aqui, esta observação não quer provar ou negar a existência de um ser ou força transcendente. O objetivo é apontar que, assim como o que acontece de bom em nossas vidas, não fomos, enquanto sociedade, preparados para encarar as aquilo que acontece de ruim, a partir das derrotas, como fruto de nossas más escolhas. Se não reconhecemos o que aconteceu de positivo, como vamos considerar o que aconteceu de negativo, fruto de nossas ações?
E o que isso tem a ver então, com a Esperança? A Esperança é muitas das vezes um vestígio da nossa consciência de que podemos mudar a realidade, fazendo-a ser melhor, de que temos coragem e as ferramentas necessárias para seguir adiante. No entanto, a Esperança só pode ser sentida por aquele que de fato, ainda está vivo, com aquela chaminha acesa dentro de si mesmo, que é conhecida como entusiasmo. A Esperança, na minha perspectiva, vem carregada como um afago natural de nossas almas que buscam de alguma forma continuar a jornada, acreditando em um amanhã melhor. Pode ser um instinto natural, uma emoção não compreendida, no entanto, ela sempre consegue ser combustível para aquela chama que teima em não se apagar.
Quem consegue viver a vida com Esperança, não ignora os problemas ou tampouco deixa de comemorar as vitórias, quem consegue manifestar a Esperança, muitas das vezes, aprendeu a sentir e enxergar nas pequenas ou grandes dificuldades, uma oportunidade. E é como se enxerga as coisas que é o segredo, principalmente ao chamar a responsabilidade para si mesmo, por isto, para 2025, se possível, troque as lentes dos óculos, para sentir e viver com Esperança. E não, esta fala não é sobre óculos. É sobre você acreditar em si mesmo e em seu poder de ser sinal de Esperança.
Amanda Oliveira